sexta-feira, 1 de maio de 2009

Soneto de boas vindas ao João


 

Papai

Venha logo, meu tão querido filho,

Venha ver como está belo o mundo!

Que agora, por ti, se encheu de brilho

Do mais alto cume ao mar profundo.

 

Te amarei sem que haja empecilho.

És, sabeis? Da nossa prole o segundo

Que em meus dáctilos da mão dedilho.

Nascestes, sim, de um ventre fecundo!

 

Ao nascer tu sentirás frio e fome,

Mas receberás leite e futão.

Receberás também um lindo nome

 

Apenas tu sentiste o gostinho

De só agora chamar-te João

Tendo antes chamado Agostinho!

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